quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Líder: saiba como dividir as tarefas sem sobrecarregar ninguém

Entregar o trabalho atrasado, cometer pequenos erros, não conseguir atingir as metas, ter de resolver assuntos urgentes a todo momento, entre outros, são indicadores de excesso de trabalho. Ter alguém sobrecarregado na equipe prejudica não somente o profissional, mas os colegas e a própria empresa. Por isso, cabe ao líder resolver esta situação.

Pensando em ajudar o gestor, o Portal InfoMoney conversou com o diretor regional da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo) e diretor-executivo da Enora Leaders, João Marcelo Furlan.

O especialista explica que o acúmulo de tarefas ocorre porque muitos gestores não conhecem o processo e o método utilizado dentro das empresas. Segundo ele, estes fatores são mais claros em setores produtivos do que em ambientes como escritórios e empresas de serviços.

O problema de acumular tarefas também está ligado diretamente ao tamanho da empresa, já que nas maiores a distribuição das atividades são mais nítidas, enquanto que nas menores têm aqueles profissionais que fazem de tudo um pouco.

“Estes são os famosos patos. Não andam, não nadam e não voam direito. Fazem tudo, mas nada muito bem”, diz Furlan.

Como resolver
O primeiro passo para resolver o acúmulo de tarefas de alguém da equipe é identificar todos os processos de trabalho da empresa. “Ao mapear os processos é possível enxergar em quais lugares existe um gargalo”.

Durante este mapeamento, o gestor saberá qual é o processo de trabalho dos funcionários e quem cumpre todas as etapas. “Isso é mais fácil de se enxergar em uma linha de produção, mas é possível levar a prática para escritório”, ressalta.

O segunda etapa que o líder deve cumprir é analisar a gestão de rotina de cada colaborador. É importante sentar com cada integrante da equipe e saber quais são os processos que ele está envolvido. Muitas vezes, os funcionários não sabem priorizar as atividades que realmente são importantes.

“O foco tem de ser na eficiência na empresa, produzir mais em menos tempo. O acompanhamento é bem visto por profissionais com menos experiência. Estes necessitam de mais direção. Já os profissionais mais sêniores preferem que os líderes foquem mais nos resultados”.

Além disso, o gestor deve analisar quais atividades que se acumulam. De acordo com o especialista, isso ocorre ou porque é necessário que mais pessoas estejam envolvidas ou aquele funcionário não é o mais adequado para aquela função por falta de competência.

Em ambos os casos é necessário que haja um remanejamento dentro da equipe ou contrate alguém. O problema pode ser sazonal, devido a um projeto específico ou pela época do ano. Neste caso, o especialista aconselha contratar alguém temporariamente.

“A chave é a gestão de processo. Infelizmente, nossa cultura não é voltada para o planejamento. Deixa para resolver os problemas sempre na última hora”, finaliza.
Fonte: Infomoney

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

8 razões para usar o Youtube em sala de aula

Youtube para professoresPrender a atenção dos estudantes, que estão cada vez mais conectados, não tem sido uma tarefa fácil para os educadores. O problema se torna cada vez maior conforme os alunos ficam mais velhos. Nas salas de aula do Ensino Médio, é muito comum os professores disputarem a atenção dos estudantes com aparelhos eletrônicos, celulares ou smartphones. Por isso, o momento é propício para tornar a tecnologia – e a sua turma – uma aliada em sala de aula. “O uso de recursos tecnológicos que estão presentes no dia a dia dos alunos pode ajudar a aproximá-los dos temas tratados em sala, além de servir como estímulo para o estudo”, afirma Marly Navas Soriano, professora de Informática Educativa da EMEF Cleómenes Campos, em São Paulo. Para encorajá-lo a usar o Youtube em sala, listamos oito bons motivos para incluir a rede social no seu planejamento e na sua rotina profissional:

1- Oferecer conteúdos que sirvam como recursos didáticos para as discussões em aula

Incentive os estudantes a participar das aulas compartilhando com eles vídeos que serão relevantes para o contexto escolar. Desde que bem selecionados, os conteúdos audiovisuais podem mostrar diferentes pontos de vista sobre um determinado assunto, fomentando os debates e discussões em sala.

2- Armazenar todos os vídeos que você precisa em um só lugar

Se você ainda não é um usuário do Youtube, basta criar uma conta na rede (gratuitamente) para ter acesso às listas de reprodução (playlists). Elas permitem que você organize seus vídeos favoritos em sequência. Um usuário não precisa selecionar apenas vídeos publicados por ele, ou seja, a playlist de um professor pode conter vídeos publicados por outros membros do Youtube. Outra vantagem de organizar os vídeos em listas é que quando um vídeo termina, o próximo começa sem que sejam oferecidos outros vídeos relacionados, mas que não interessam ao seu propósito didático naquele momento. Ao selecionar o material que será visto pelos alunos, você pode garantir que o conteúdo hospedado em seu canal seja confiável, pois ele passou pela sua curadoria.


3- Montar um acervo virtual de seus trabalhos em vídeo

Com uma câmera fotográfica, um celular ou uma câmera de vídeo simples, você pode capturar e salvar projetos e discussões feitas em sala de aula com seus alunos. Com esses registros da prática pedagógica você terá em mãos (e na rede) um material rico, que pode servir como base para uma análise crítica de seu trabalho e dos trabalhos apresentados por seus alunos. Os registros ainda viram material de referência para toda a comunidade escolar, pois qualquer vídeo armazenado no Youtube pode ser facilmente compartilhado entre os alunos e professores da escola e fora dela.

4- Permitir que estudantes explorem assuntos de interesse com maior profundidade

Ao criar listas de reprodução específicas para os principais assuntos abordados em sala, você cumpre o papel do mediador e oferece aos alunos a oportunidade de aprofundar os conhecimentos a respeito dos temas trabalhados nas aulas. Ao organizar playlists com vídeos confiáveis e relevantes, você permite que os estudantes tenham contato com os conteúdos que interessam a eles, sem que eles percam muito tempo na busca e na seleção de informações.

5- Ajudar estudantes com dificuldades

Você pode criar uma lista de reprodução com vídeos de exercícios para que os alunos resolvam no contraturno escolar. Esse material serve como complemento para os conteúdos vistos em sala e os estudantes podem aproveitá-lo para fazer uma revisão em casa dos assuntos vistos na escola.

6 – Elaborar uma apresentação de slides narrada para ser usada em sala

Você pode usar o canal de vídeo para contar uma história aos alunos e oferecer a eles um material de apoio que possa ser consultado posteriormente. Produza uma apresentação de slides narrada, com imagens que ilustrem o tema abordado e passe o vídeo em sala de aula.

7 – Incentivar os alunos a produzir e compartilhar conteúdo
Lembre-se: seus alunos já nasceram em meio à tecnologia. Por isso, aproveite o que eles já sabem e proponha que usem câmeras digitais ou smartphones para filmar as experiências feitas no laboratório de Ciências, para que desenvolvam projetos – como a gravação de um “telejornal” nas aulas de Língua Portuguesa, por exemplo – ou nas apresentações de seminários. O conteúdo produzido pelos estudantes também pode ser disponibilizado na rede – desde que os pais sejam comunicados previamente para autorizar a exibição de imagem dos filhos na rede. Tal ação pode incentivar os estudantes a participar de forma mais ativa das aulas.

8 – Permitir que os alunos deixem suas dúvidas registradas

Você pode combinar com seus alunos para que eles exponham as dúvidas no espaço de comentários do canal, logo abaixo dos vídeos. Assim, é possível criar ou postar novos vídeos sobre os assuntos sobre os quais os estudantes ainda têm dúvidas.

Daniele Pechi

(Fonte: Youtube para professores)
Publicado em Novembro de 2011.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Massacre de índios em acampamento em Amambaí

Ontem pela amanhã, ao abrir meu e-mail, recebi mais uma triste notícia de uma situação de violência contra um grupo indígena acampado em uma área em litígio e a espera da continuidade do processo de regularização fundiária da terra indígena. O acampamento se localiza em Amambaí, sul de Mato Grosso do Sul, a menos de cem quilômetros da fronteira com o Paraguai. O acampamento está localizado em uma pequena parte da área de ocupação tradicional chamada Guaiviry. A área esta inserida no conjunto de terras indígenas que deverão ser demarcadas no Mato Grosso do Sul. O processo de identificação destas áreas começou em 2007 e desde então vem sido repetidamente interrompido pelos conflitos políticos que o envolve. Enquanto isso, repetidos atos de assassinatos contra grupos indígenas que aguardam pela identificação e demarcação destas áreas vem ocorrendo. A situação de insegurança e medo vivido pelas populações indígenas é insustentável.  No ano passado a Survival Internacional publicou um importante relatório denunciando a situação das populações guarani no estado de Mato Grosso do Sul. Fiquei chocada com o que aconteceu e sabia que não tinha como ficar quieta, não falar nada ou fingir que estava tudo bem. Sou professora na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul na unidade de Amambaí, no curso de ciências sociais. Fique pensando como daria aula para os estudantes indígenas naquele dia. Então, fui conversando com os alunos, um a um, e marcamos de nos reunirmos todos para conversamos, até que eles decidiram por escrever uma carta. A carta foi escrita por eles ficando como minha responsabilidade a divulgação dela. Na carta, como vocês poderão ver, um aluno da história e morador da aldeia de Amambaí fala algo muito parecido com o que Marcos Homero Ferreira Lima, antropólogo do MPF de Dourados diz para a Survival sobre um acampamento de beira de estrada localizado as margens da BR 163 no município de Dourados. Homero diz: Não se trata de hipérbole quando se fala em genocídio, pois, a série de eventos e ações perpetradas contra o grupo, como se objetivou demonstrar, desde o final da década de 1990, tem contribuído para submeter seus membros a condições tolhedoras da existência física, cultural e espiritual. Crianças, jovens, adultos e velhos se encontram submetidos a experiências degradantes que ferem diretamente a dignidade da pessoa humana. O modo de vida imposto àqueles Kaiowá é revelador de como os brancos vêem os índios. O preconceito, o descaso, o descuido, a não consideração dos direitos à terra, à vida, à dignidade são patentes. A situação por eles vivenciada é análoga àquela de um campo de refugiados. É como se fossem estrangeiros no seu próprio país. É como se os 'brancos' estivessem em guerra com os índios e a estes últimos só restasse a fina faixa de terra que separa a cerca de uma fazenda e a beira de uma rodovia.


A crueldade do caso envolvendo o acampamento e a truculência dos assassinos não pode ser tratada como mais um caso de violência. Estamos vivendo uma guerra de fato, mas é uma guerra que só morrem pessoas de um lado.
Segue a carta dos estudantes Guarani e Kaiowa dos cursos de ciências sociais e história. As informações contidas na carta foram recebidas por pessoas que estavam no acampamento na hora do massacre. Peço, por gentileza, que ajudem na divulgação para que possamos agregar mais gente na luta contra a violência contra os povos indígenas.
Por volta das seis horas chegaram os pistoleiros. Os homens entraram em fila já chamando pelo Nísio. Eles falavam segura o Nísio, segura o Nísio. Quando Nísio é visto, recebe o primeiro tiro na garganta e com isso seu corpo começou tremer. Em seguida levou mais um tiro no peito e na perna. O neto pequeno de Nísio viu o avô no chão e correu para agarrar o avô. Com isso um pistoleiro veio e começou a bater no rosto de Nísio com a arma. Mais duas pessoas foram assassinadas. Alguns outros receberam tiros mas sobreviveram. Atiraram com balas de borracha também. As pessoas gritavam e corriam de um lado para o outro tentando fugir e se esconder no mato. As pessoas se jogavam de um barranco que tem no acampamento. Um rapaz que foi atingido por um tiro de borracha se jogou no barranco e quebrou a perna. Ele não conseguiu fugir junto com os outros então tiveram que esconder ele embaixo de galhos de árvore para que ele não fosse morto.
Outro rapaz se escondeu em cima de uma árvore e foi ele que me ligou para me contar o que tinha acontecido. Ele contou logo em seguida. Ele ligou chorando muito. Ele contou que chutaram o corpo de Nísio para ver se ele estava morto e ainda deram mais um tiro para garantir que a liderança estava morta. Ergueram o corpo dele e jogaram na caçamba da caminhonete levando o corpo dele embora.
Nós estamos aqui reunidos para pedir união e justiça neste momento.
Afinal, o que é o índio para a sociedade brasileira?
Vemos hoje os direitos humanos, a defesa do meio ambiente, dos animais. Mas e as populações indígenas, como vem sendo tratadas?
As pessoas que fizeram isso conhecem as leis, sabem de direitos, sabem como deve ser feita a demarcação da terra indígena, sabem que isso é feito na justiça. Então porque eles fazem isso? Eles estão acima da lei?
O estado do Mato Grosso do Sul é um dos últimos estados do Brasil mas é o primeiro em violência contra os povos indígenas. É o estado que mais mata a população indígena. Parece que o nazismo está presente aqui. Parece que o Mato Grosso do Sul se tornou um campo de fuzilamento dos povos indígenas. Prova disso é a execução do Nísio. Quando não matam assim matam por atropelamento. Nós podemos dizer que o estado, os políticos e a sociedade são cúmplices dessa violência quando eles não falam nada, quando não fazem nada para isso mudar. Os índios se tornaram os novos judeus.
E onde estão nossos direitos, os direitos humanos, a própria constituição? E nós estamos aí sujeito a essa violência. Os índios vivem com medo, medo de morrer. Mas isso não aquieta a luta pela demarcação das terras indígenas. Porque Ñandejara está do lado do bom e com certeza quem faz a justiça final é ele. Se a justiça da terra não funcionar a justiça de Deus vai funcionar.
 Estudantes Guarani e Kaiowá dos cursos de ciências sociais e história e moradores da aldeia de Amambaí.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mídias sociais facilitam interação com alunos e podem ser instrumento pedagógico, diz especialista

Escolas precisam experimentar o uso das mídias sociais para aproximar o conteúdo pedagógico da realidade dos alunos, apontaram especialistas em educação que participaram hoje (3) de seminário sobre o tema, no Rio. Segundo eles, o ideal é testar várias tecnologias e ver qual se adapta às regras da escola e os recursos disponíveis aos alunos, aos professores e aos pais.

Ao apresentar casos bem sucedidos e problemas gerados pelo mau uso de redes sociais, o autor do livro Socialnomics: Como as Mídias Sociais Transformam o Jeito que Vivemos e Fazemos Negócios (na tradução livre), o norte-americano Erik Qualmn, disse que é preciso ousar na educação e não restringir as aulas ao método tradicional que se resume a palestras, sem interatividade.

"Precisamos prestar atenção nos alunos, ver com qual ferramenta ou equipamento eles estão mais familiarizados e dar o primeiro passo", disse Qualmn no seminário Conecta, organizado pelo Sesi/Senai. Ele sugeriu, por exemplo, que escolas passem deveres de casa que possam ser apresentados pelo Youtube e substituam livros pelos ipads – aparelhos que reúnem computador, video game, tocador de música e vídeo e leitor de livro digital.

"Em muitos lugares, existe o debate sobre o uso, pelas crianças, de telefones celulares", disse sobre a disseminação dos smartphones – celulares conectados à internet. "As escolas precisam checar ao que é melhor para si. Na [Universidade de] Harvard, o ipad é permitido em algumas aulas. Outras aulas são dadas da mesma forma há cem anos", acrescentou Qualmn, que também é professor de MBS da Hult International Bussiness, nos Estados Unidos .

Em uma escola pública do município de Hortolândia (SP), Edson Nascimento, professor de educação física, deu o primeiro passo na adoção de novas tecnologias como instrumento pedagógico. Ele criou um blog para divulgar o conteúdo das aulas e conquistou alunos até de outras escolas. Nascimento diz que o principal desafio para difundir a tecnologia na escola é convencer os demais professores a aceitá-la como um recurso educativo.

"Isso não é uma coisa tranquila, não temos adesão de 100% dos professores. Pessoas entendem que se migrarem para a tecnologia não vão mais saber dar aula. Apegam-se ao giz e à lousa como se isso lhes desse controle da turma. Mas os alunos acabam prestando atenção em outras mil coisas", disse Nascimento, que dá aulas para uma escola de 500 alunos de ensino médio e fundamental.

O professor americano Qualmn acrescentou que o próprio uso da internet pode estimular debates sobre a veracidade de conteúdos disponíveis na rede, além de incentivar a produção de conhecimento de forma colaborativa, como o que está disponível no Wikipedia, uma espécie de enciclopédia online aberta, que aceita contribuições de qualquer usuário.

Pedagoga de uma escola particular do Rio, que criou sua própria rede social, Patrícia Lins e Silva relatou que a ferramenta ofereceu "ganchos" para que a escola discutisse tópicos como o uso de "palavrões" e a superexposição de ídolos de adolescentes na rede.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Internet permite novas dimensões à prática do bullying nas escolas

Ciberbullying garante o anonimato e suas vítimas podem sofrer muito mais com o abuso

O bullying, um ato violência física ou psicológica praticados para atingir alguém ou um grupo comumente praticado contra crianças no universo escolar, passou a ter novas características e dimensões com o uso da internet.

Diferente da modalidade tradicional, o ciberbullying garante o anonimato e suas vítimas podem sofrer muito mais pela dimensão que o ato pode alcançar. Pesquisa realizada pela Organização Não-Governamental (ONG), SaferNet em 2008 com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying e 44% dos amigos "reais" já sofreram esse tipo de violência ao menos uma vez.

O psicólogo e diretor de prevenção e atendimento da Safernet Brasil, Rodrigo Negm, explica que a prática do ciberbullying prolonga a ação, anteriormente restrita ao ambiente escolar, por exemplo, quando o professor ou diretor repreendiam o aluno ou grupo que promoviam a violência.

Hoje, um material difamatório postado na internet, mesmo que seja retirado em pequeno espaço de tempo, pode vir a ser reproduzido por outros internautas, causando um transtorno interminável à vida da vítima.

"Na internet a humilhação, que ficava restrita a um âmbito, geralmente escolar, ganha maior dimensão no espaço público da internet. O mundo inteiro pode ter acesso a esse tipo de agressão. A família, os amigos veem essa mensagem. A criança não consegue escapar da agressão, até porque alguém pode guardar esse material e postá-lo novamente".

O psicólogo dá algumas dicas aos pais que querem saber se os filhos têm sofrido qualquer tipo de agressão do ciberbullying: "sinais de depressão, falta de vontade de ir à escola e brincar com os amigos ou dificuldades para dormir."

Para conter os crimes do ciberbullying, a SaferNet Brasil em parceria com o Ministério Público e a polícia federal criou um canal de denúncias contra crimes na internet: www.denuncie.org.br. Recentemente foi lançado a rede social que promove o uso consciente do mundo virtual, oferecendo ao usuário algumas discussões no endereço www.netica.org.br .

Rodrigo Negm lembra que é preciso manter o diálogo entre pais e filhos para que a vítima se sinta à vontade para denunciar esse tipo de violência.
"A tecnologia mais importante para combater crimes da internet é a relação de confiança entre pais e filhos. É um recurso que vai além de filtros e bloqueios. As crianças elas devem conversar com os pais e contar com a ajuda deles, caso percebam algum tipo de agressão pela internet".

Fonte: Agência Brasil

 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Novos paradigmas de sala de aula: cinco mandamentos para uma transição feliz

Aqui vão os 5 mandamentos de como seria caminhar em direção à sala de aula interativa da forma mais eficaz possível:


1) Manter o foco no professor, e não na tecnologia. A mera instalação na sala de aula de equipamentos interativos não garante que a classe esteja tendo uma aula interativa, com acesso a novas experiências educacionais. Mais importante do que comprar o produto A ou B é investir tempo e dinheiro para ajudar o professor a se apaixonar por esta nova infraestrutura multimídia e, a partir daí, passar a desenvolver novas aulas. Esse é um desafio importante, e que depende da diretoria de cada escola e da visão de cada fornecedor de soluções educacionais para ser vencido. O professor tem de sentir que ganha, e muito, ao abandonar seus antigos métodos em sala de aula e passar a usar de forma criativa e provocadora as novas tecnologias. Mais do que capacitar o professor quando a nova tecnologia entra na sala de aula, é fundamental manter programas de formação continuada em longo prazo.

2) Oferecer para o professor acesso a uma comunidade para o desenvolvimento de novos conteúdos e novos modelos de aula. Não cabe ao fornecedor A ou B ou à entidade educacional C ou D ser a fonte de conteúdos revolucionários, que farão o melhor uso das novas tecnologias de sala de aula. Esses personagens podem e devem suportar o desenvolvimento desses conteúdos. É papel do professor, de pesquisadores, de especialistas em educação, “inventar” novas e atraentes aulas a partir do novo ambiente educacional. Comunidades locais, comunidades interligadas por redes sociais, comunidades internacionais e comunidades voltadas ao desenvolvimento de conteúdos específicos sobre disciplinas específicas (Português, Matemática, Ciência, etc.) são essenciais para suportar a missão do professor audaz, que anseia desvendar novos horizontes e cativar os alunos ao longo de toda esta caminhada.

3) Fale com quem usa esta tecnologia antes de comprar essas soluções. Procure visitar escolas que já tenham vivido esse processo de transição – migrar de salas de aulas tradicionais para salas multimídia – para saber a verdade sobre esta tendência. Vale a pena falar com os diretores, com os professores e, se possível, acompanhar aulas que aconteçam dentro da sala multimídia. Isso dará à pessoa que busca novos horizontes na educação a percepção do que realmente faz diferença para os alunos, o que é apenas uma mudança cosmética.

4) Prepare-se para aprender muito e mudar seus paradigmas. O verdadeiro educador sabe que tudo muda nesta área e que é impossível voltar ao passado. Em 1910, a Universidade de Chicago realizou um estudo para determinar por quanto tempo um aluno conseguiria prestar atenção à aula. Chegou-se à conclusão de que 50 minutos eram o tempo máximo que um professor conseguiria prender a atenção de um aluno. Estudos recentes realizados também nos EUA mostram que, agora, o tempo máximo de concentração limita-se a intervalos de 8 minutos. Em educação, a quebra de paradigmas não tem fim. O aluno que parece não estar prestando atenção na aula, checando mensagens no Twitter, pode estar procurando informações essenciais para a discussão em sala de aula; numa universidade, o aluno que troca mensagens via Facebook com seu amigo pode estar simplesmente realizando um trabalho em grupo.

5) Nunca esqueça a importância de um conteúdo bem construído. A infraestrutura da sala multimídia pode ajudar o professor a dar uma aula brilhante, atraente, que mantém os alunos conectados a ele todo o tempo. Mas isso não diminui a importância da sólida formação em conhecimentos, da capacidade de estar sempre atualizado. Esse é um valor eterno da educação. Com as novas tecnologias educacionais, a única diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais atualizada.
A beleza do momento que vivemos hoje é que muitos educadores estão decididamente caminhando ao encontro da cultura (inclusive cibernética) e dos comportamentos de seus alunos. Boa parte do corpo docente está pronta a ver na tecnologia uma aliada. Isso significa transformação.

*Gonçalo Margall é diretor da Sapienti, empresa pioneira no segmento de Tecnologia Educacional.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aplicativos educativos ganham espaço em celulares e tablets


Textos, filmes e imagens em 3D juntos em aplicativos para celulares e tablets tem ganho espaço com o objetivo de entreter e ensinar. Os softwares educacionais apostam na interatividade para prender a atenção dos estudantes em disciplinas como matemática, química, história e literatura.
Uma tela colorida exibe o mapa múndi em que é possível clicar em qualquer região e fazer uma viagem sem sair do lugar. Fotos, pontos turísticos, história, moeda, economia, política, últimos conflitos, todas essas informações estão disponíveis, um prato cheio para uma boa aula de geografia. É o aplicativo Países do Mundo, para Android, listado como um dos melhores para fins educativos por Juan Diego Polo no site What's New, que pesquisa novidades no mundo online.
O editor do website também destacou o aplicativo Tabela Periódica, que por meio de uma tabela colorida traz todas as informações dos elementos químicos. O ABC Cartões Flash, para Android, também foi recomendado, uma vez que apresenta diversos desenhos divertidos que são traduzidos para o inglês. Por exemplo, a imagem de um menino é acompanhada da palavra "boy", criando uma forma visual de ensinar inglês para os pequenos. Polo ainda cita o Fórmulas Matemáticas e Verbos, que são aplicativos para Android voltados para o ensino médio e para o aprendizado de truques matemáticos e verbos em diversos idiomas, respectivamente.
Doutoranda na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Luciana Allan recomenda o app para iPad The Elements: A Visual Exploration, que oferece uma versão diferenciada da tabela periódica e apresenta textos, filmes e imagens em 3D para o estudo de química. Além disso, ela também acha interessante o MathBoard, também para iPad, que simula um quadro negro para ensinar diversos conteúdos matemáticos.
Do vasto universo de aplicativos disponíveis para smartphones, os educativos ainda são minoria. Segundo pesquisa da Distimo, empresa que faz análise de lojas de aplicativos, existem mais de 2,3 mil aplicativos para celulares. Deste total, 35% são games, 11% são de entretenimento e 8% são opções relacionadas à educação.
Para Luciana, aula interativa é um caminho sem volta e que deve ser percorrido por todos os professores. Ela acredita que é obrigação dos educadores se adequar às novas tecnologias e buscar por meio dos apps uma forma de motivar os alunos, assumindo um papel de "moderadores da aprendizagem em softwares" e indicando os melhores aplicativos e os espaços virtuais que mais estão em sintonia com as propostas escolares e com a grade curricular. E ela vai além quando diz que os aplicativos têm assumido uma função de cadernos eletrônicos.
Em pesquisa que analisou o uso de softwares educativos para ativar inteligências múltiplas, Mirian de Albuquerque Aquino, professora do Departamento de Ciência da Informação na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), concluiu que os aplicativos são mais do que meras alternativas às metodologias tradicionais de ensino. Ela constatou que a aprendizagem virtual, combinada com o ensino tradicional, ativa habilidades múltiplas; como representação geográfica, noções de espaço, capacidade de leitura e de raciocínio lógico e facilidade para categorização e classificação. 
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A evolução tecnológica nunca mais será a mesma

         Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955) foi um inventor, empresário e magnata americano no setor da informática. Notabilizou-se como cofundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc. Foi também diretor executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company.
         No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica do usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh.
         Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor. Morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos, devido a um câncer pancreático.
          A fantástica visão tecnológica que Jobs possuía fez com que houvesse uma revolução nos aparelhos celulares. Essa revolução contribuiu para transformá-los em verdadeiros dispositivos multimídias. Esses recursos são verdadeiros aliados dentro da sala de aula. É indiscutível o grande potencial que os recursos encontrados no celular possuem em dinamizar uma aula. Sem falar que as tornam muito mais interessantes e prazerozas para o educando.
          Agora ficamos atentos, aguardando as novidades que virão e esperançosos que se sobressaia um discípulo de Jobs, para que possamos continuar desfrutando da genialidade que somente ele detinha.  

Pesquisa sugere utilização do celular como ferramenta pedagógica na sala de aula

Condenado pelos incômodos gerados no ambiente escolar, o telefone celular está prestes a se transformar em um aliado no processo de aprendizagem, segundo um estudo de um grupo de pesquisadores internacionais. O relatório Horizon 2010, que identifica tecnologias que podem ter forte impacto na educação nos próximos anos, aponta o celular como uma das ferramentas pedagógicas do futuro.

Resultado da troca de informações entre especialistas de mais de 300 universidades ao redor do mundo, o relatório coordenado pelas organizações New Media Consortium e Educause bate de frente com a visão dos gaúchos quanto à presença do aparelho nas escolas. Por desviar o foco da atenção do aluno para ligações e mensagens de texto em vez do professor, o celular está banido por lei das salas de aula de escolas e universidades do Estado desde 2008.

Pelo estudo, o celular pode ser útil para pesquisas durante a aula, para gravar trechos de explicações do professor e até para compartilhar com a turma, por meio de redes sociais como o Twitter e blogs, dados de saídas a campo. Única brasileira a participar da edição mais recente do relatório internacional, Cristiana Assumpção defende que educadores brasileiros repensem a postura quanto ao uso da comunicação móvel na escola. Publicado todos os anos, o relatório busca identificar tecnologias que ajudarão na aprendizagem nos anos seguintes.
Maicon Bock | maicon.bock@zerohora.com

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O celular a serviço da solidariedade

O povo roraimense está sofrendo com o transbordamentos do rios e igarapés. Já são centenas de desabrigados, lavouras perdidas e pontes quebradas que deixaram o estado "ilhado". Somente é possível sair ou entrar no estado por  via aérea ou através de balsas que tem realizado  atravessias para os pequenos municípios. As águas do Rio Branco já alcançaram 2,26m acima da última "cheia" ocorrida há 30 anos atrás.
É uma oportunidade para registros de imagens através de aparelhos celulares que podem, e devem, ser socializados em sala de aula. Uma exposição fotográfica realizada pelos próprios alunos contempladas pelos pais e comunidade transforma o trabalho realizado muito mais prazeroso.
Uma outra ideia é a produção de pequenos documentários. Podem realizar entrevistas com pessoas que estão desabrigadas, com representantes da defesa civil ou sociedade civil organizada para arrecadar alimentos, roupas e calçados. 
Tanto a fotografia quanto o vídeo se tornam mais acessíveis de serem realizados devido a acessibilidade do celular. O tamanho e a leveza do aparelho permite a mobilidade e o manuseio pelo alunado. É possível desenvolver uma campanha dentro da comunidade escolar em prol dos desabrigados com o material produzido por nossos educandos com a finalidade de receber donativos.
Essa é mais uma oportunidade de transformar o aparelho celular (o vilão da sala de aula) em uma ferramenta de aprendizagem. 

domingo, 22 de maio de 2011

Trabalhando com línguas estrangeiras

Em nosso currículo encontramos duas línguas estrangeiras: inglês para o Ensino Fundamental e Espanhol para o Ensino Médio. E o que observo é a uma dificuldade no planejamento coletivo por parte dos professores em propostas multidisciplinares.
Então, aí vai uma sugestão:
  • Todo aparelho celular possui a função IDIOMA ou linguagem, país... Em fim, peça a turma para selecionar a língua estrangeira que será trabalhada (inglês/espanhol) dependendo da grade curricular da escola. Pronto, agora é só sugerir as atividades!
  • Nas aulas de Matemática, ao utilizar a calculadora;
  • Na Língua Portuguesa, ao propor envio de mensagens,  construção de frases,  formas de linguagem;
  • História e Geografia, fotos da paisagem local, comparação das paisagens de antes e de hoje;
 Em qualquer discipĺina, a função do aparelho celular que for utilizada pelos educandos necessitará de tradução. Isso levará os mesmos a pesquisar o significado das palavras, proporciona o manuseio do dicionário, a buscar os substantivos, verbos... É o aprender fazendo! 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Carta resposta à Revista VEJA


Cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colegio Estadual Júlio Mesquita, à revista Veja. Peço o favor que repasse a todos que conhecem. É longa mas vale a pena ler.
Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10min de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40h/semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo. Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

domingo, 27 de março de 2011

RECONHECIMENTO DE UM TRABALHO


Deus coloca pessoas certas no nosso caminho!

Elaborei um projeto e desenvolvi sem ter um centavo de patrocínio. Corri atrás de parceiros e encontrei verdadeiros anjos que se colocaram como voluntários. É isso mesmo, não recebem nada financeiramente! A não ser a satisfação de ver crianças e adolescentes longe das drogas e da violência. No dia 31/03/11 estaremos recebendo o prêmio Construindo a Nação promovido pelo SESI. O Projeto Cidadania em 4 Elementos: esporte, música, dança e artes plásticas foi selecionado em primeiro lugar na categoria Ensino Médio. Valeu a pena cada sábado e cada domingo que passei na escola e continuará valendo sempre cada esforço, sem pretenções políticas ou financeiras, que visa somente o resgate daqueles que ainda não tiveram oportunidade de serem vistos como seres humanos.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Davi e Golias

Não é preciso ser um religioso nato para conhecer a história de Davi e Golias. Segundo a Bíblia, Davi derrotou o gigante Golias, um campeão dos filisteus que media 2,90m de estatura e que desafiava o povo de Israel. Depois de ser ungido por Samuel invocou o Senhor dos Exércitos e foi ao encontro de Golias. O final todos já conhecem: a vitória de um rapaz sobre um guerreiro gigante.

É assim que me sinto ao deparar com a posição do Minitério Público de Roraima em determinar a proibição do uso de aparelhos celulares nas escolas. Estou enfrentando um gigante bem armado com o apoio da mídia, de professores e de um sistema de ensino caduco. Eu tenho apenas minha voz e a coragem de propor a sociedade alternativas que possibilitem  aos nossos filhos e educandos a oportunidade de aprender através de aulas estimulantes e interessantes.

Como educadora não posso abrir mão de utilizar as tecnologias. É indiscutível a capacidade que elas teem de despertar o gosto e o interesse dos educandos pelos conteúdos trabalhados. Principalmente se é acessível a todas as classes. Sabemos que a popularização do aparelho celular se iguala a um a TV, sem contar que em quase todas casa há pelo menos um aparelho. 

Já os computadores, que é tido como a "grande ferramenta tecnológica", ainda estratifica nossa sociedade. Nem toda família possui condições de aquisição mas, em contra partida, possui um telefone móvel.

O que resta ainda argumentar?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Novas formas de começar as aulas... com o celular

O início das aulas se aproxima, é hora de iniciar o planejamento bimestral, que tal iniciar por uma semana de diagnóstico? E se o diagnóstico da turmas for realizado com auxílio do celular?

Veremos algumas dicas de como diagnosticar uma sala de aula através da utilização do celular como ferramenta auxiliar das práticas de ensino:
  • Comece com uma apresentação onde cada aluno, após formarem duplas, entrevistará o colega com utilizando a ferramenta gravação de voz;

  • Para as aulas de geografia, dependendo do ano (série), pode-se utilizar a ferramenta fotografia para registrar um espaço da escola. Pode ser a quadra, sala de leitura, sala de aula, fica a critério do aluno. Essa atividade proporciona rever vários conteúdos como espaço geográfico e espaço natural, políticas públicas para a melhoria da educação, transformações no espaço, o homem e a natureza, globalização entre outros;

  • Na matemática, podemos utilizar a calculadora para rever as 4 operações, resolução de problemas, cálculos matemáticos, expressões...;
  • Os mesmos registro realizados na aula de geografia pode ser aproveitado para ciências, história e línguas portuguesa e estrangeira. Em ciências, permite voltar aos conceitos de ambiente, habitat, sustentabilidade. Em história, os fatos históricos, conceito de História, escala de tempo com a construção de gráficos do surgimento da escola até os dias atuais. Em línguas é possível relembrar os tipos de linguagens, ortografia, conjugação de verbos, tradução, pronoums, adjectves entre outros. 
O celular é, sem dúvida alguma, a nova tecnologia educacional capaz de otimizar as práticas de ensino, dinamizar as aulas e despertar o interesse do alunado pelos conteúdos trabalhados em sala de aula. Então, mãos à obra e bom retorno a todos!


Empoderamento Feminino

                                                          Imagem: Google Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de par...