Textos, filmes e imagens em 3D juntos em aplicativos para
celulares e tablets tem ganho espaço com o objetivo de entreter e
ensinar. Os softwares educacionais apostam na interatividade para
prender a atenção dos estudantes em disciplinas como matemática,
química, história e literatura.
Uma tela colorida exibe o mapa múndi em que é possível clicar em
qualquer região e fazer uma viagem sem sair do lugar. Fotos, pontos
turísticos, história, moeda, economia, política, últimos conflitos,
todas essas informações estão disponíveis, um prato cheio para uma boa
aula de geografia. É o aplicativo Países do Mundo, para Android, listado
como um dos melhores para fins educativos por Juan Diego Polo no site What's New, que pesquisa novidades no mundo online.
O editor do website também destacou o aplicativo Tabela
Periódica, que por meio de uma tabela colorida traz todas as informações
dos elementos químicos. O ABC Cartões Flash, para Android, também foi
recomendado, uma vez que apresenta diversos desenhos divertidos que são
traduzidos para o inglês. Por exemplo, a imagem de um menino é
acompanhada da palavra "boy", criando uma forma visual de ensinar inglês
para os pequenos. Polo ainda cita o Fórmulas Matemáticas e Verbos, que
são aplicativos para Android voltados para o ensino médio e para o
aprendizado de truques matemáticos e verbos em diversos idiomas,
respectivamente.
Doutoranda na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
(USP), Luciana Allan recomenda o app para iPad The Elements: A Visual
Exploration, que oferece uma versão diferenciada da tabela periódica e
apresenta textos, filmes e imagens em 3D para o estudo de química. Além
disso, ela também acha interessante o MathBoard, também para iPad, que
simula um quadro negro para ensinar diversos conteúdos matemáticos.
Do vasto universo de aplicativos disponíveis para smartphones, os
educativos ainda são minoria. Segundo pesquisa da Distimo, empresa que
faz análise de lojas de aplicativos, existem mais de 2,3 mil aplicativos
para celulares. Deste total, 35% são games, 11% são de entretenimento e
8% são opções relacionadas à educação.
Para Luciana, aula interativa é um caminho sem volta e que deve
ser percorrido por todos os professores. Ela acredita que é obrigação
dos educadores se adequar às novas tecnologias e buscar por meio dos
apps uma forma de motivar os alunos, assumindo um papel de "moderadores
da aprendizagem em softwares" e indicando os melhores aplicativos e os
espaços virtuais que mais estão em sintonia com as propostas escolares e
com a grade curricular. E ela vai além quando diz que os aplicativos
têm assumido uma função de cadernos eletrônicos.
Em pesquisa que analisou o uso de softwares educativos para
ativar inteligências múltiplas, Mirian de Albuquerque Aquino, professora
do Departamento de Ciência da Informação na Universidade Federal da
Paraíba (UFPB), concluiu que os aplicativos são mais do que meras
alternativas às metodologias tradicionais de ensino. Ela constatou que a
aprendizagem virtual, combinada com o ensino tradicional, ativa
habilidades múltiplas; como representação geográfica, noções de espaço,
capacidade de leitura e de raciocínio lógico e facilidade para
categorização e classificação.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário