segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Novos paradigmas de sala de aula: cinco mandamentos para uma transição feliz

Aqui vão os 5 mandamentos de como seria caminhar em direção à sala de aula interativa da forma mais eficaz possível:


1) Manter o foco no professor, e não na tecnologia. A mera instalação na sala de aula de equipamentos interativos não garante que a classe esteja tendo uma aula interativa, com acesso a novas experiências educacionais. Mais importante do que comprar o produto A ou B é investir tempo e dinheiro para ajudar o professor a se apaixonar por esta nova infraestrutura multimídia e, a partir daí, passar a desenvolver novas aulas. Esse é um desafio importante, e que depende da diretoria de cada escola e da visão de cada fornecedor de soluções educacionais para ser vencido. O professor tem de sentir que ganha, e muito, ao abandonar seus antigos métodos em sala de aula e passar a usar de forma criativa e provocadora as novas tecnologias. Mais do que capacitar o professor quando a nova tecnologia entra na sala de aula, é fundamental manter programas de formação continuada em longo prazo.

2) Oferecer para o professor acesso a uma comunidade para o desenvolvimento de novos conteúdos e novos modelos de aula. Não cabe ao fornecedor A ou B ou à entidade educacional C ou D ser a fonte de conteúdos revolucionários, que farão o melhor uso das novas tecnologias de sala de aula. Esses personagens podem e devem suportar o desenvolvimento desses conteúdos. É papel do professor, de pesquisadores, de especialistas em educação, “inventar” novas e atraentes aulas a partir do novo ambiente educacional. Comunidades locais, comunidades interligadas por redes sociais, comunidades internacionais e comunidades voltadas ao desenvolvimento de conteúdos específicos sobre disciplinas específicas (Português, Matemática, Ciência, etc.) são essenciais para suportar a missão do professor audaz, que anseia desvendar novos horizontes e cativar os alunos ao longo de toda esta caminhada.

3) Fale com quem usa esta tecnologia antes de comprar essas soluções. Procure visitar escolas que já tenham vivido esse processo de transição – migrar de salas de aulas tradicionais para salas multimídia – para saber a verdade sobre esta tendência. Vale a pena falar com os diretores, com os professores e, se possível, acompanhar aulas que aconteçam dentro da sala multimídia. Isso dará à pessoa que busca novos horizontes na educação a percepção do que realmente faz diferença para os alunos, o que é apenas uma mudança cosmética.

4) Prepare-se para aprender muito e mudar seus paradigmas. O verdadeiro educador sabe que tudo muda nesta área e que é impossível voltar ao passado. Em 1910, a Universidade de Chicago realizou um estudo para determinar por quanto tempo um aluno conseguiria prestar atenção à aula. Chegou-se à conclusão de que 50 minutos eram o tempo máximo que um professor conseguiria prender a atenção de um aluno. Estudos recentes realizados também nos EUA mostram que, agora, o tempo máximo de concentração limita-se a intervalos de 8 minutos. Em educação, a quebra de paradigmas não tem fim. O aluno que parece não estar prestando atenção na aula, checando mensagens no Twitter, pode estar procurando informações essenciais para a discussão em sala de aula; numa universidade, o aluno que troca mensagens via Facebook com seu amigo pode estar simplesmente realizando um trabalho em grupo.

5) Nunca esqueça a importância de um conteúdo bem construído. A infraestrutura da sala multimídia pode ajudar o professor a dar uma aula brilhante, atraente, que mantém os alunos conectados a ele todo o tempo. Mas isso não diminui a importância da sólida formação em conhecimentos, da capacidade de estar sempre atualizado. Esse é um valor eterno da educação. Com as novas tecnologias educacionais, a única diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais atualizada.
A beleza do momento que vivemos hoje é que muitos educadores estão decididamente caminhando ao encontro da cultura (inclusive cibernética) e dos comportamentos de seus alunos. Boa parte do corpo docente está pronta a ver na tecnologia uma aliada. Isso significa transformação.

*Gonçalo Margall é diretor da Sapienti, empresa pioneira no segmento de Tecnologia Educacional.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aplicativos educativos ganham espaço em celulares e tablets


Textos, filmes e imagens em 3D juntos em aplicativos para celulares e tablets tem ganho espaço com o objetivo de entreter e ensinar. Os softwares educacionais apostam na interatividade para prender a atenção dos estudantes em disciplinas como matemática, química, história e literatura.
Uma tela colorida exibe o mapa múndi em que é possível clicar em qualquer região e fazer uma viagem sem sair do lugar. Fotos, pontos turísticos, história, moeda, economia, política, últimos conflitos, todas essas informações estão disponíveis, um prato cheio para uma boa aula de geografia. É o aplicativo Países do Mundo, para Android, listado como um dos melhores para fins educativos por Juan Diego Polo no site What's New, que pesquisa novidades no mundo online.
O editor do website também destacou o aplicativo Tabela Periódica, que por meio de uma tabela colorida traz todas as informações dos elementos químicos. O ABC Cartões Flash, para Android, também foi recomendado, uma vez que apresenta diversos desenhos divertidos que são traduzidos para o inglês. Por exemplo, a imagem de um menino é acompanhada da palavra "boy", criando uma forma visual de ensinar inglês para os pequenos. Polo ainda cita o Fórmulas Matemáticas e Verbos, que são aplicativos para Android voltados para o ensino médio e para o aprendizado de truques matemáticos e verbos em diversos idiomas, respectivamente.
Doutoranda na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Luciana Allan recomenda o app para iPad The Elements: A Visual Exploration, que oferece uma versão diferenciada da tabela periódica e apresenta textos, filmes e imagens em 3D para o estudo de química. Além disso, ela também acha interessante o MathBoard, também para iPad, que simula um quadro negro para ensinar diversos conteúdos matemáticos.
Do vasto universo de aplicativos disponíveis para smartphones, os educativos ainda são minoria. Segundo pesquisa da Distimo, empresa que faz análise de lojas de aplicativos, existem mais de 2,3 mil aplicativos para celulares. Deste total, 35% são games, 11% são de entretenimento e 8% são opções relacionadas à educação.
Para Luciana, aula interativa é um caminho sem volta e que deve ser percorrido por todos os professores. Ela acredita que é obrigação dos educadores se adequar às novas tecnologias e buscar por meio dos apps uma forma de motivar os alunos, assumindo um papel de "moderadores da aprendizagem em softwares" e indicando os melhores aplicativos e os espaços virtuais que mais estão em sintonia com as propostas escolares e com a grade curricular. E ela vai além quando diz que os aplicativos têm assumido uma função de cadernos eletrônicos.
Em pesquisa que analisou o uso de softwares educativos para ativar inteligências múltiplas, Mirian de Albuquerque Aquino, professora do Departamento de Ciência da Informação na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), concluiu que os aplicativos são mais do que meras alternativas às metodologias tradicionais de ensino. Ela constatou que a aprendizagem virtual, combinada com o ensino tradicional, ativa habilidades múltiplas; como representação geográfica, noções de espaço, capacidade de leitura e de raciocínio lógico e facilidade para categorização e classificação. 
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A evolução tecnológica nunca mais será a mesma

         Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955) foi um inventor, empresário e magnata americano no setor da informática. Notabilizou-se como cofundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc. Foi também diretor executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company.
         No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica do usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh.
         Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor. Morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos, devido a um câncer pancreático.
          A fantástica visão tecnológica que Jobs possuía fez com que houvesse uma revolução nos aparelhos celulares. Essa revolução contribuiu para transformá-los em verdadeiros dispositivos multimídias. Esses recursos são verdadeiros aliados dentro da sala de aula. É indiscutível o grande potencial que os recursos encontrados no celular possuem em dinamizar uma aula. Sem falar que as tornam muito mais interessantes e prazerozas para o educando.
          Agora ficamos atentos, aguardando as novidades que virão e esperançosos que se sobressaia um discípulo de Jobs, para que possamos continuar desfrutando da genialidade que somente ele detinha.  

Pesquisa sugere utilização do celular como ferramenta pedagógica na sala de aula

Condenado pelos incômodos gerados no ambiente escolar, o telefone celular está prestes a se transformar em um aliado no processo de aprendizagem, segundo um estudo de um grupo de pesquisadores internacionais. O relatório Horizon 2010, que identifica tecnologias que podem ter forte impacto na educação nos próximos anos, aponta o celular como uma das ferramentas pedagógicas do futuro.

Resultado da troca de informações entre especialistas de mais de 300 universidades ao redor do mundo, o relatório coordenado pelas organizações New Media Consortium e Educause bate de frente com a visão dos gaúchos quanto à presença do aparelho nas escolas. Por desviar o foco da atenção do aluno para ligações e mensagens de texto em vez do professor, o celular está banido por lei das salas de aula de escolas e universidades do Estado desde 2008.

Pelo estudo, o celular pode ser útil para pesquisas durante a aula, para gravar trechos de explicações do professor e até para compartilhar com a turma, por meio de redes sociais como o Twitter e blogs, dados de saídas a campo. Única brasileira a participar da edição mais recente do relatório internacional, Cristiana Assumpção defende que educadores brasileiros repensem a postura quanto ao uso da comunicação móvel na escola. Publicado todos os anos, o relatório busca identificar tecnologias que ajudarão na aprendizagem nos anos seguintes.
Maicon Bock | maicon.bock@zerohora.com

Empoderamento Feminino

                                                          Imagem: Google Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de par...