sábado, 23 de maio de 2015

ALGUMAS SUGESTÕES PARA A ALFABETIZAÇÃO

A criança desde muito pequena, aprende a reconhecer com facilidade nome de pessoas, animais, objeto de seu ambiente familiar, isto é, reconhece substantivos. Um procedimento natural será o de iniciar o processo da leitura com estes substantivos envolvidos em idéias conhecidas, significativas, concretizáveis, permitindo sua exploração através dos sentidos – ver – ouvir – falar – tocar – cheirar – experimentar.
Nos primeiros anos de escolaridade da criança, o professor deve insistir, pelo menos, em dois aspectos, o treino e a formação de hábitos concretos de leitura. Por esse motivo, o que tivermos à disposição, deve ser aproveitado para incentivar a criança ler.
· Avisos e ordens, que comumente são expressos em voz alta, podem ser escritos.
· Saudações, reforços, perguntas que podem ser escritas em cartazes ou também no quadro de giz.
· A criança identifica tudo o que há na sala de aula. Nomeia-as.
· O professor, após identificação, explica que todos estes nomes podem ser escritos e lidos.
· Junto às crianças, escreve em fichas o nome das “coisas” que citaram. Exemplo: escreve lentamente a palavra porta. Lê a palavra e diz para as crianças indicando a porta: “isto é uma porta. E aqui lemos a palavra porta. Vamos colocar na porta?”. Faz o mesmo com outras palavras.
· Colocar os nomes das crianças na classe ou no lugar de guardar o material. As crianças “se desenham” e o professor escreve o nome delas e os distribui de maneira que elas já comecem algumas relações como “meu nome começa que nem o da Tatiane”.
Para facilitar o acesso da criança ao livro, o professor deve:
· Organizar um cantinho de leitura na sala de aula com gravuras e pequenos textos. Estimular para que a criança o frequente, deixando-o manipular o material. O professor lê história no “canto” mostrando a ilustração e permitindo-lhe comentários, perguntas e complementações.
· Motivar e criar espaços para a criança narrar fatos do cotidiano e registrar (o professor). Posteriormente o professor lê a “história” da criança.
·  Dramatizar cenas.
·  Modelar, recortar ou desenhar os personagens da história.
·  Visitar a Sala de Leitura.
· Escrever o que a criança diz de seus desenhos (estes, inclusive, podem servir como um recurso para a criança ler depois que já domina o mecanismo da leitura, podendo reescrever o que disse).
A criança deve ser motivada a ler. Para que ela não perca o interesse, é preciso variar as estratégias apresentando a leitura de diferentes formas para evitar a memorização.
           
ESCRITA

 A escrita deve surgir do interesse e curiosidade da criança. E esta se manifesta pelo desejo que a criança tem de descobrir, reconhecer e a utilizar os sinais gráficos com que constantemente se depara. Inicialmente, surge a necessidade de decifrar o meio e de se apropriar dos símbolos (palavras – sinais – frases) e, posteriormente, quer utilizar deles reproduzindo-os.
É importante que a criança saiba qual é o objetivo da escrita – “por que escrevemos?” A escrita é um sistema convencional utilizado pelo homem com a finalidade de se comunicar entre si, registrar suas descobertas, suas histórias e suas idéias e pensamentos. É um meio de expressão e conservação de ideias e pensamentos. E é assim que deve ser encarada. A escrita só tem valor educativo quando a criança já souber o que está escrevendo.
Muitos pais e professores apressam-se em ensinar a escrita sem se preocupar se realmente aquilo que a criança escreveu foi dominado e compreendido por ela. Educadores querem ver um caderno bonito, com bastantes coisas escritas. E, quando a criança não consegue fazer “aquela” tão almejada letra bonita (o que é muito natural que aconteça, quando a criança não está madura para esta atividade) apressam-se em apresentar-lhe o famoso caderno de caligrafia, onde a saturam, obrigando-a a preencher linhas com palavras vazias de significado e isoladas do processo. 

COMPOSIÇÃO CRIADORA 

Nas séries iniciais, o professor deve estar preocupado em preparar a criança para desenvolver a habilidade de leitura e redação que é a construção de pensamento oral ou escrita. E assim a criança estará desenvolvendo a habilidade de pensar com lógica, objetividade e clareza.
A composição escrita na alfabetização deve levar a criança a sentir necessidade de expressar seu pensamento espontaneamente como o faz na sua vida diária. Assim antes mesmo da criança dominara escrita, pode ser iniciada na composição. Para tanto, o professor proverá atividades que levem a criança a desejar ver expresso seu pensamento por escrito. Num primeiro momento o professor escreverá o que o aluno ditou e finalmente lerá o que foi escrito. Na segunda fase a criança estará lendo e copiando, numa terceira fase a criança fará suas próprias composições.
 surgem aquelas redações que nada mais são que um conjunto de frases desconexas, às vezes até um número de linhas pré-fixadas pela professora. Salva-se a ortografia das palavras, mas passa-se ao aluno a terrível idéia de que escrever é simplesmente combinar palavras cuja ortografia se conhece. O texto como expressão lingüística do pensamento fica assim deturpado ao se aprender a escrever. Reforçam essa idéia os textos das cartilhas que também são elaboradas com palavras já estudadas antes. Dessa forma revela um método mecanicista de aprendizagem que dispensa a reflexão do aluno e inibe a curiosidade e a procura da novidade ao tratar a escrita.
 Uma outra estratégia de ensino é admitir que os alunos, no início, sabem falar, muito bem,  sua língua e a usam com propriedade, e que, portanto, tal capacidade, pode e deve ser transportada diretamente para a escrita. Aconteceu, porém, que isso esbarra numa dificuldade que é a forma ortográfica imprevisível de muitas palavras que os alunos nunca estudou. Contudo, se os alunos, após os primeiros contatos com o alfabeto e com algumas famílias de letras e a escrita de umas poucas palavras forem estimulados a escrever suas histórias espontaneamente, guiados pela semântica, pelo enredo e tentando escrever as palavras que precisa segundo as possibilidades de uso das palavras ou letras no sistema ortográfico da língua, certamente irão cometer erros de ortografia, mas passarão suas habilidades falantes aos textos escritos. Obviamente se pedirá também que cuidem da ortografia mas que não se amedrontem ao escrever se não souberem, porque é possível escrever português, por exemplo, sem ser na forma ortográfica.            
Esses alunos vão perceber logo que a ortografia é algo diferente do simples ato de escrever palavras do português e que pára se sair bem ou se sabe como escrever ortograficamente uma palavra, ou se pergunta.  Cada tentativa pode produzir escrita, mas não necessariamente a forma ortográfica. Esses procedimentos ajuda a auto-correção dos alunos, estimula a curiosidade pelas formas ortográficas sem trazer frustrações e faz com que os alunos expressem por escrito textos, lingüístico e literariamente perfeitos.

             A iniciativa do professor no sentido de variar as estratégias para a obtenção de recursos para ampliação dos conhecimentos trazidos pelas crianças é de suma importância, pois esse trabalho de leitura e escrita na alfabetização não é fácil, ao passo que trabalhamos com crianças oriundas de realidades diferentes. Mas é um trabalho gratificante.

AS PARTICULARIDADES DAS ESCRITAS SILÁBICO-ALFABÉTICA

A evolução da escrita silábico-alfabética para a alfabética é repleta de especificidades. Conhecê-las é fundamental para avaliar adequadamente o desenvolvimento dos alunos e melhor ajudá-los a avançar

Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética. 

Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-alfabéticos, Danielle se vale das sondagens individuais. 

Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio.
OS ERROS MAIS COMUNS:
- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração.

- Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.

- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/particularidades-escritas-silabico-alfabeticas-683014.shtml 

terça-feira, 19 de maio de 2015

SOCIOAMBIENTALISMO DE FRONTEIRAS

FICHA TÉCNICA
 
Autor(es): Coordenadores: Edson Damas da Silveira e Serguei Aily Franco de Camargo
ISBN: 978853624990-2
Acabamento: Brochura
Número de Páginas: 238
Publicado em: 30/01/2015
Área(s): Direito Ambienta

SINOPSE
 
O terceiro volume da série Socioambientalismo de Fronteiras vem abordar as relações entre o homem e o ambiente na Amazônia. Fruto do esforço de colaboração de uma grande equipe de pesquisadores, buscou-se focar os aspectos mais relevantes dessas interações entre as populações amazônicas e os diversos estoques de recursos naturais por elas explorados.
 
COLABORADORES 
Nesse sentido, buscou-se em um primeiro momento uma análise pormenorizada da função das terras indígenas, a partir da legislação disponível no banco de dados do site do Planalto. Os aspectos físicos de Roraima, fluxos migratórios, pesca, aspectos de cooperação internacional, assim como o papel do exército como vetor de desenvolvimento regional, também são colocados para reflexão, visando possibilitar uma visão holística desse caleidoscópio de relações humanas com o ambiente na Amazônia.
Obra indispensável para pesquisadores e demais interessados sobre a Amazônia, permitindo uma leitura atual e multidisciplinar sobre o espaço amazônico e suas populações (urbanas, rurais, tradicionais e indígenas).

COORDENADORES
EDSON DAMAS DA SILVEIRA
Doutor e Mestre em Direito Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR. Mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba. Encontra-se, desde 2013, em estágio pós-doutoral em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Portugal. Procurador de Justiça no Ministério Público do Estado de Roraima, desde 1998. Professor do Departamento de Direito da Faculdade Estácio Atual da Amazônia. Professor de Direito Indígena do Curso de Direito das Faculdades Cathedral de Boa Vista. Professor-pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas - UEA.

SERGUEI AILY FRANCO DE CAMARGO
Pós-doutor em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP/IB e pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Doutor em Aquicultura em Águas Continentais, mestre em Conservação e Manejo de Recursos e graduado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professor do curso de graduação em Direito da Faculdade Estácio Atual da Amazônia. Professor dos cursos de Direito e Psicologia das Faculdades Cathedral de Boa Vista. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos da Universidade Federal do Amazonas. Foi Professor-Visitante junto à Universidade Federal de Roraima, atuando junto ao Núcleo de Estudos Comparados da Amazônia e do Caribe (NECAR) e ao Prog
rama de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Amazônia (entre 02/2013 e 05/2014), encontrando-se atualmente vinculado como Professor-Colaborador (voluntário) no mesmo centro.

COLABORADORES
Bruno César Andrade Costa
Carlos Edwar de Carvalho Freitas
Celso Morato de Carvalho
Edson Damas da Silveira
Eduardo Alves Monteiro
Elcio Nacur Rezende
Fernanda Sola
José Augusto Fontoura Costa
Joseane Viana do Vale
Karla Roseane Raskopf
Lorenzo Soriano A. Barroco
Luis Fernando dos Reis Guteres
Maraluce Maria Custódio
Robson Oliveira de Souza
Serguei Aily Franco de Camargo
Thiago Morato de Carvalho
Vanessa Raskopf Schwaizer
Vilmar Antônio da Silva
Walker Sales Silva Jacinto

Empoderamento Feminino

                                                          Imagem: Google Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de par...